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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Carnaval


A morte dos demais se faz calada
Diante do alvoroço
Daqueles que festejam
Na avenida principal

Taparam os ouvidos para os

Gritos de horror
(Só ouvem o bumbo)
Taparam os olhos para as

Marcas de sangue no chão
(Só vêem os peitos de fora)

Taparam as narinas para o

Cheiro de putrefação
(Após tanto êxtase,nem
Mais cheiro sentem)


É carnaval;a festa da carne genuína

Calou-se a música
Extinguiu-se o brilho
Findou-se a serpentina

E todos os dias há

Um novo corpo
Numa nova esquina
Na ultima página
De um jornal qualquer
Do Brasil.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Poslúdio de morte

Te vejo no cortejo
Grito
Gemo
Embaço
Endoideço
Arquejo...
Te dou o ultimo beijo
Neste meu
Triste
Fim.